BIOGRAFIA
Infância
Não lhe faltou afeto da família, a companhia dos irmãos, parentes e amigos. Acompanhava e auxiliava com pequenos serviços os pais na roça, onde teve a oportunidade de viver em meio às plantações e ao zelo no trato com os animais. Foi no colo da mãe que aprendeu a fazer o sinal da cruz, a balbuciar as primeiras orações, a invocar o nome de Deus, de Nossa Senhora, do Anjo da Guarda e dos santos. Através do incentivo e exemplo dos pais, do nono Luigi e demais familiares, compreendeu que existe um Deus bom a velar por nós. Rezava ao levantar e deitar; antes e depois das refeições, no começo dos trabalhos. O terço em família era sagrado. Desde pequeno, Hermínio revelou personalidade dócil aos ensinamentos dos pais e da Igreja. Apreciava comungar a sua vigorosa religiosidade e fé com todos da Igreja. Apesar da introversão e do caráter nada espalhafatoso que lhe era peculiar, participava ativamente de jogos e brincadeiras com as crianças e jovens da comunidade.
A Gripe Espanhola alastrou-se pelo Estado, semeando pânico e mortes em 1918. A doença atingiu a família dos tios e padrinhos de Hermínio, Anareo e Cecília. A primeira vitima foi a filha do casal, de poucos meses. Depois, faleceu a própria Cecília e, por fim, Anareo. O casal deixou cinco filhos, todos com menos de 11 anos. As crianças, orfãs de pai e mãe, foram acolhidas e criadas pelos avós paternos, Luigi e Teodora. Hermínio e os irmãos Levínia, Rinaldo e Pedro, além dos pais, passaram a morar também com os avós Luigi e Teodora durante 13 meses, por medo da epidemia. Luigi contava então com 19 pessoas na família, entre crianças e adultos. As lições de catecismo e o ensinamento das orações ficou sob responsabilidade de Luigi. E, Teodora, era uma mãe para todos.